A gestão da mudança em nível macro: a crise da água em São Paulo
Acompanhando a recente crise da água nos noticiários, me dei
conta que esse é um ótimo momento para abordar o tema da gestão da mudança e
refletir sobre a importância desse processo, tomando a atual situação de
emergência em que a população se encontra, frente a escassez desse recurso
essencial a vida, e as atitudes que virão a ser tomadas pelos gestores
responsáveis como objeto de análise.
Estamos em crise, o que fazer?
Diante de um cenário crítico, no qual há a possibilidade de
faltar água a milhares de pessoas, o governo do estado de São Paulo passou a
pensar em ações para sanar o problema. Apoiando-se em dados da concessionária
responsável pela distribuição da água, deram início a concepção de idéias para
garantir o abastecimento da população.
Esse processo é similar ao que adotaríamos em um ambiente de
trabalho: identificados os problemas que comprometem o bom desempenho das
atividades ou o clima organizacional, os gestores passariam a refletir
sobre possíveis ações corretivas.
A mídia expõe muita das boas idéias que surgem para
solucionar o problema, de diversas pessoas e instituições, em seus programas
jornalísticos e nos propicia uma ciência do que está por vir. Dentre as
soluções apresentadas, está a adoção do sistema de reuso da água, a construção
de vias adutoras ligando outras fontes de abastecimento à de São Paulo,
soluções para economia em ambientes coorporativos e domésticos, captação da
água da chuva, dentre outras que tornam interessante observar a reação das
pessoas frente às adversidades, e a criatividade para criar idéias que resolvam
o problema.
Vemos que atitudes já estão sendo tomadas, como a
conscientização e o apelo para que a população economize o recurso, estudo de
vias alternativas de abastecimento, dentre outras ações que serão anunciadas
pelo Governo de São Paulo. Essas ações compõem uma gestão da mudança em nível
macro e observá-las é um aprendizado para nossa vida pessoal e profissional,
pois, independente das idéias que venham a ser adotadas para suprir os
problemas, um legado sempre ficará como ensinamento, como lição para que a
situação não venha a se repetir. No caso da crise hídrica, e de qualquer outra
crise, esse legado será a adequação à necessidade: mudaremos a forma como
consumimos e atribuiremos mais importância à água.
Por isso, esteja atento às novidades desse caso, pois, além
de nos afetar diretamente, é um ótimo exemplo para entender como uma
organização lida com a crise, conduz a mudança e comunica essas alterações ao
seu público através da grande mídia, ou seja, os usuários do sistema.
09/02/2015 -
por José Roberto Marques